“O filme consiste no depoimento de uma “”boia-fria”” da região de Tarumã, região oeste do Estado de São Paulo, sobre as condições de vida de sua família e de sua classe social. A força do depoimento torna a personagem uma porta-voz das lutas e das dificuldades dos trabalhadores rurais em todo o Brasil.
O filme foi apreendido pela censura durante a “”IV Jornada de Cinema de Curta-Metragem””, em 1975 na Bahia, junto com outros filmes que também vieram parar no Arquivo Nacional (Restos, de João Batista de Andrade e Veias Abertas de Luiz Arnaldo Dias Campos)*, pelo recolhimento do acervo da Divisão de Censura de Diversões Públicas, na década de 1990, e está disponível no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN), com o código de referência BR RJANRIO NS.0.FIL.24.
Ao longo do tempo a película de 16 mm sofreu degradação principalmente em relação a perda das cores originais. Agravou-se a tendência para o vermelho acabando por predominar sobre toda a imagem. Espera-se que, com a digitalização e os recursos cada vez mais avançados, se possa no futuro recuperar esse importante registro da resistência e sobrevivência das lutas no campo durante a ditadura militar
- “”A resistência do cinema à censura da ditadura militar: a jornada brasileira de curta metragem e sua história de luta na Bahia””. Andrade, Daniela Almeida de, 22 nov.2005 (https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/1374?locale=pt_BR)”